domingo, 30 de outubro de 2011

Lúgubre

Silêncio - estado de quem se cala; interrupção de correspondência epistolar; ausência de ruído, sossego, calma; sigilo, segredo.E numa fração de segundos tudo se calou, interrompendo o som que os grilos faziam perto do rio. Calou-se a noite; calaram-se as mãos em forma de segredo, de forma que corpo e alma permanecera em apnéia, anestesia de sentimentos. Ela o viu fechar os olhos, e sem entender repetiu o ato, sentira de seu olho esquerdo escorregar a primeira gota, decorrente do sentimento de perda e o frio na espinha.

De repente ouvia-se gotas de chuvas a cair na terra que já árida se encontrava, seus olhos permanecera fechados por longos minutos, enquanto ouvia o som das gotas aumentarem, enquanto subia o aroma da terra que recebia aquela chuva, chuva essa que a moça deseja tanto que lavasse sua alma, mas nada adiantara. Ainda ali, sua respiração ia a ficar cada vez mais profunda, seus olhos lacrimejavam, era questão de segundos e sentira  seu olho esquerdo escorregar a primeira gota, decorrente do sentimento de perda e o frio na espinha. O vento gelado entrava por sua janela se batendo contra seu rosto pálido e demasiado entristecido. 

Renata Cruz

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